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RIO NEGRINHO – 143 ANOS

A GRANDE MÓVEIS CIMO. JORGE ZÍPPERER. Foi grande articulador, político e empresário que deu vida à indústria e à cidade. O JORNAL LIBERDADE TEM ENORME APREÇO POR RIO NEGRINHO e cedeu-nos uma página inteira, para através dela homenagear a comemorar mais um aniversário da cidade filha-irmã de São Bento do Sul. É uma honra homenagear […]

Por Jornal Liberdade 21 min de leitura

A GRANDE MÓVEIS CIMO.

JORGE ZÍPPERER. Foi grande articulador, político e empresário que deu vida à indústria e à cidade.

O JORNAL LIBERDADE TEM ENORME APREÇO POR RIO NEGRINHO e cedeu-nos uma página inteira, para através dela homenagear a comemorar mais um aniversário da cidade filha-irmã de São Bento do Sul.

É uma honra homenagear nosso pedaço de chão envolto pelas florestas da Mata Atlântica, uma cidade linda, nosso lar e nosso paraíso.

Há muitas maneiras de homenagear uma cidade, uma delas é contando a sua História mas, obviamente, vamos apenas dar uma beliscada na rica história de Rio Negrinho e de nossos antepassados. 

Escolhemos como tema uma amostragem de como foi o começo de tudo sob o título:

OS PRIMEIROS

Rio Negrinho era apenas uma grande floresta onde viviam os selvícolas Xokleng. O imigrante chegou e mudou tudo. Fez roças, casas, caminhos e o que era mato virou cidade, a belíssima Rio Negrinho na qual vivemos. Todas as administrações que por aqui passaram colaboraram para o que temos hoje. 

BALSA NO RIO NEGRO.

Quando ainda não havia estradas, a movimentação de um lugar para outro se fazia pelas picadas de mulas e as travessias pelos rios eram por balsas, jangadas, canoas ou barcas. Os balseiros faturavam alto dos tropeiros e andavam com as guaiacas cheias de “milréis”.

CAPELINHA SANTO ANTONIO. 

A família Carvalho, vinda de Portugal, recebeu do Governo do Paraná as terras desde Volta Grande até Serro Azul e fundaram o local chamado Posto Carvalho e ali edificaram a primeira capelinha na região com o nome de Capela Santo Antonio que ainda hoje existe no mesmo lugar e foi a primeira do município.

  1. INÍCIO DOS EMPREENDIMENTOS DE JORGE ZÍPPERER.

Este lugar é onde hoje está o Pavilhão e a Chaminé da Cimo. Esta é a primeira fotografia (1918) tirada quando Jorge instalou a serraria que mais tarde viria a ser a poderosa Móveis Cimo

  1. PRIMEIRO HOTEL.

Não havia casas e pensões para acomodar tanta gente que vinha até Rio Negrinho à procura de emprego na indústria Zípperer, por isso foi necessário construir o primeiro hotel que ficava próximo do Casarão Olsen.

CASA DA ESQUINA.

Esta foi edificada em frente à atual Praça do Avião. Foi a primeira casa de comércio, o primeiro bar onde aconteceu o primeiro crime de morte e, ao lado dela, instalou-se a primeira bomba de gasolina que atendia os caminhões da Cimo e, ainda ao lado, o primeiro poço de água comunitário, pois nem todos tinham poço em casa.

  1. RUA DA ESTAÇÃO. 

(Foto de 1921). Esta foi a primeira rua aberta na cidade por Jorge Zípperer para ligar sua indústria à estação ferroviária, hoje a rua leva seu nome. Este lugar é exatamente na curva da Miner.

  1. VISTA AÉREA DO CENTRO DE RIO NEGRINHO EM 1957

Rio Negrinho teve um crescimento vertiginoso no final da década de 1940 e começo da década de 1950. Com menos de 5.000 habitantes: foi construído o Cine Rio Negrinho, a Igreja Matriz Santo Antonio de Pádua, o Educandário Santa Teresinha (atual Colégio São José), o Seminário São José, a Rádio Rio Negrinho, desmembrou-se de São Bento do Sul, a Móveis Cimo estava no auge do crescimento, logo em seguida, veio o grande prédio do Hospital e Maternidade Rio Negrinho.

  1. PRIMEIRA PAVIMENTAÇÃO NA RUA JORGE ZÍPPERER.

Em 1962, Rio Negrinho recebeu mais uma obra de grande importância que foi o calçamento da Rua Jorge Zípperer com paralelepípedos de pedras. A obra teve início em frente à praça central e seguiu até junto à via férrea. 

  1. PROCISSÃO NA PONTE DA MATRIZ.

A fotografia de 1938 mostra a primeira ponte no centro da cidade construída para dar continuidade à Rua da Estação

  1. PRIMEIRA OFICINA DE CARROÇAS.

Era uma ferraria situada onde atualmente está a Fábrica de Máquinas Lampe.

UM DOS PRIMEIROS CAMINHÕES DA CIMO

  1. PRIMEIRA ESCOLA E PRIMEIRA IGREJA NA CIDADE

A escola foi construída antes (1919) a igreja depois (1925), no entanto, os grandes buracos cavados pelo rio permaneceram por longo tempo até em frente à porta da igreja.

 OLHE O TAMANHO DA TORA.

A carroça, durante longo tempo, foi o principal veículo de transporte.

HISTÓRIAS. 

Dentro da história de Rio Negrinho, há um caminhão de histórias tristes e alegres. Escolhemos três:

BÊBADOS DORMINDO NA MISSA

  1. Os bailões no Salão Lampe começavam lá pelas 21h e terminavam no dia seguinte, às 6h da manhã. Os últimos a sair do salão, bêbados, com sono e cansados não aguentavam caminhar de volta para casa. Então, esperavam o padre abrir a igreja para a missa das 8h, entravam na igreja e dormiam esparramados nos bancos. Roncavam e alguns sonhavam e gritavam: “Aiipiiuu! O Padre Luiz, emitia sermões severos, mas nada adiantava. 

BÊBADO MORREU NA GEADA. Mauro Endler, morador de Lençol, bêbado e montado em seu cavalo, voltava para Lençol num dia de inverno, quando seu cavalo foi beber água da fonte à beira da Estrada Dona Francisca, ele caiu dentro da água gelada. Mauro não conseguiu levantar-se e morreu enregelado ao lado do seu cavalo.

A PRIMEIRA BICICLETA.

Quem comprou a primeira bicicleta foi André Brey, filho de José Brey- dono da primeira hospedaria de Rio Negrinho. Conta-se que um grupo de moçoilas, após à missa, voltava para suas casas tagarelando enganchadas lado a lado,  formando um cordão. De repente, apareceu aquele negócio esquisito de duas rodas vindo rápido, com um homem em cima se equilibrando. O susto foi grande! Apavoradas, umas correram para a direita, outras para a esquerda e algumas ficaram agarradas no meio da rua. O ciclista, atrapalhou-se todo e, não deu outra: atropelou uma delas que corria para o lado.

Parabéns, RIO NEGRINHO pelos seus 143 anos. Do barro, você transformou-se em estátua de ouro.

Um abraço de Celso e outro de Mariana!