Tempestade Solar atinge a Terra: entenda os impactos
Tempestade ocorre no seu auge nos dias 25 e 26 de janeiro
Por Cauan 6 min de leitura
Quando pensamos em tempestades, logo nos vem à mente rajadas de vento, trovões, relâmpagos e chuva. No entanto, o conceito não se limita a eventos atmosféricos na Terra. A emissão de partículas superaquecidas pela superfície solar pode resultar em fenômenos como a Tempestade Solar ou Erupção Solar.
As atividades nucleares do Sol geram energia por fusão nuclear, liberando prótons e elétrons que são capturados em campos magnéticos. A concentração dessas partículas provoca explosões que geram ventos solares afetando os planetas do Sistema Solar, sendo mais comuns durante o máximo solar, a cada 11 anos.
Essas tempestades podem interferir na Terra, mas o planeta é protegido pela Magnetosfera, que desvia as emissões solares. As auroras boreais são evidências desse fenômeno, refletindo a intensidade das tempestades solares.
Os ventos solares afetam o campo magnético e, em casos extremos, a atmosfera terrestre, interferindo em dispositivos eletrônicos. Em 1989, um apagão em Quebec foi atribuído a essas alterações, afetando a comunicação e a distribuição de energia. Em 1859, o Evento Carrington causou danos aos sistemas de telégrafo, evidenciando os riscos das tempestades solares.
De acordo com Enos Picazzio, da USP, tempestades como as de 1859 e 1889 teriam hoje consequências mais graves, devido à dependência dos satélites. Sem a Magnetosfera, a Terra seria mais vulnerável, com riscos de efeitos semelhantes aos de Marte ou Vênus.
Apesar da diminuição da atividade solar, estudos indicam possíveis mudanças climáticas. Avanços tecnológicos permitem monitorar melhor as atividades solares, mas ainda falta um plano de contingência para grandes explosões solares.