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TURBULÊNCIA POLÍTICA

Desde os primórdios da sua história, São Bento do Sul, politicamente falando, sempre enfrentou reversos e “pancadaria política”. Por muito pouco ou por bastante os políticos se desentendiam, entre ele o Dr. Felippe Maria Wolff, Francisco Bueno Franco, João Filgueiras de Camargo, Albert Milschitzky – estes dois últimos morreram assassinados em suas próprias casas – […]

Por Celso e Mariana 9 min de leitura

Desde os primórdios da sua história, São Bento do Sul, politicamente falando, sempre enfrentou reversos e “pancadaria política”. Por muito pouco ou por bastante os políticos se desentendiam, entre ele o Dr. Felippe Maria Wolff, Francisco Bueno Franco, João Filgueiras de Camargo, Albert Milschitzky – estes dois últimos morreram assassinados em suas próprias casas – e outros, e de alguns deles pretendemos falar em edições futuras.

Primeiramente, queremos alertar nossos leitores que os relatos aqui apresentados têm base nas pesquisas de historiadores como, Josef Zípperer, Carlos Ficker, Henrique Luiz Fendrich, José Kormann, Marcelo Hübel e outros

  1. SÃO BENTO EM 1893.

Em São Bento eleições foram anuladas, pancadarias no dia das eleições junto às urnas,  ataques e espancamentos, vereadores abandonaram a câmara em plena reunião, ideologias contrárias atrapalharam o futuro de São Bento, mudanças em patrimônios públicos sem consulta popular, graves discórdias ideológicas causaram ódio entre famílias. Apesar de tudo isso e de outros males, São Bento progrediu, firmou o pé no chão e marchou para o presente que já é estupendo e continua marchando para um futuro ainda melhor. Gente de fé, esperança, luta, garra e resiliência.

  1. JOÃO FILGUEIRAS DE CAMARGO.

Hoje, relataremos algumas das turbulências políticas começando com o importante personagem João Filgueiras de Camargo, que viveu nos tempos agitados de São-Bento, talvez um dos piores momentos por quais São Bento passou. Na invasão federalista em 1893, quando um são-bentense foi morto pelos federalistas que abriram fogo contra o povo, prontamente Camargo, mesmo arriscando a própria vida, interferiu explicando para o comandante dos revolucionários que aquele grupo não era revolucionários e nem republicano e que se armara tão somente para se defender de mercenários e bandidos que se aproveitavam do momento para roubar e matar. Assim João Filgueiras, com sua coragem e apurada diplomacia, livrou São Bento de situações e dias piores. Se fossemos citar um único nome entre os tantos brasileiros que moravam na região no começo da colonização, ele provavelmente seria o mais lembrado. No entanto, só existe até hoje uma mísera ruazinha em sua homenagem.  Nascido em São José dos Pinhais no dia 12.05.1848, foi Prefeito Municipal, Conselheiro Municipal, Juiz de Paz, Líder do Movimento Republicano de São Bento, interventor dos são-bentenses durante os conflitos locais da Revolução Federalista em 1893, comerciante de erva-mate, e um dos fundadores da Sociedade Literária São Bento. (Continua).

Obrigado! Abraços de Celso e de Mariana!