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VIAGENS ESPETACULARES

Publicamos o primeiro artigo falando de viagens com o título REGISTROS DE VIAGENS que, de agora em diante, passaremos a nominar VIAGENS ESPETACULARES. Na edição anterior narramos parte da viagem de carro pelo deserto da PAGÔNIA e que continuaremos nesta edição. Antes, porém, voltemos um pouco atrás começando pela travessia da região de Entre Rios […]

Por Celso e Mariana 1 min de leitura

Publicamos o primeiro artigo falando de viagens com o título REGISTROS DE VIAGENS que, de agora em diante, passaremos a nominar VIAGENS ESPETACULARES.

Na edição anterior narramos parte da viagem de carro pelo deserto da PAGÔNIA e que continuaremos nesta edição. Antes, porém, voltemos um pouco atrás começando pela travessia da região de Entre Rios na Argentina e a travessia do túnel por baixo do rio Paraná.

PAISAGEM DE ENTRE RIOS.

Entre Rios, na Argentina, é uma região muito interessante por conta dos grandes rios que formam inúmeras ilhas entre eles e pela quantidade de pontes que ligam um lugar a outro.

Entre Rios (Entre Ríos, em castelhano) é a 17ª província da Argentina em extensão e a sexta mais populosa. Está situada ao norte da província de Buenos 

PAISAGEM RIBEIRINHA

É fascinante a travessia de carro divisando paisagens incrivelmente belas e diferentes das que costumamos vislumbrar.

Depois vem o túnel. Por dentro é comum como todos os outros túneis, mas nota-se a aplicação de tecnologias como iluminação de primeiro mundo e estruturas de sustentação parecidas com as do túnel por baixo do mar que liga a França à Inglaterra com 10 quilômetros de extensão.

TUNEL PARANÁ.

ENTRADA DO TÚNEL.

O túnel Paraná / Santa Fé, que liga as províncias de Entre Rios e Santa Fé, na Argentina, é um túnel subfluvial (sob as águas) que cruza o Rio Paraná com dois quilômetros de extensão.           É uma das maravilhas da América do Sul.

DENTRO DO TUNEL.

 Ao entrar no túnel sob o rio Paraná, é comum sentir um pouco de medo porque em cima das nossas cabeças está um dos maiores rios brasileiros com centenas de toneladas de água pressionando o túnel. Mas, logo a calma volta devido à segurança que facilmente pode-se  apreciar na logística empregada nas estruturas de sustentação.

TUNEL EM CONSTRUÇÃO.

 Dentro do túnel nem percebemos que viajávamos debaixo de um rio daquele tamanho.

PONTE ILUMINADA QUE DÁ ACESSO À CIDADE DE SANTA FÉ

Passando o túnel, à céu aberto, pode-se ver a cidade de Santa Fé de um lado, à direita, e a cidade de Paraná de outro, à esquerda, ambas em território argentino.

CIDADE DE PARANÁ, ARGENTINA.

 A cidade de Paraná, com aproximadamente 400.000 habitantes, está no alto de um grande morro, à beira de um grande lago formado pelos rios da região, divisando seus enormes edifícios contra o céu, parecendo uma visão quase que fantasmagórica e surreal ou coisa do gênero. Nos parecia assim como descrevemos porque passamos por ela já ao entardecer quando luz e sombra se confundem e formam imagens incríveis.

CIDADE DE SANTA FÉ.

Em se falando em rios, não se aprende que o rio Amazonas é rio brasileiro? Mas, ele nasce no Peru, então, deveria ser rio peruano mas, nós brasileiros afirmamos que é brasileiro porque termina em território brasileiro e deságua no Oceano Atlântico brasileiro.

E, o rio Paraná? Nasce no Brasil passa por território argentino e desagua na Argentina, no rio da Prata, portanto, segundo conceito acima citado, o rio Paraná é argentino.

Enquanto que o rio São Francisco, que nasce em São Paulo, atravessa boa parte do território brasileiro e vai desaguar no Oceano Atlântico na divisa de Sergipe com Alagoas, é totalmente brasileiro. É Brasileiro e o boi não lambe!

Tudo o que estamos descrevendo é pequena parte do contexto. São muitas, mas muitas mesmo, as maravilhas que visualizamos na passagem por essa linda região argentina.

PAMPAS ARGENTINOS.

Depois de Entre Rios, aos poucos, vem a região dos pampas, com grades fazendas com criação de gado bovino. São paisagens que se assemelham às do Rio Grande do Sul em território brasileiro. No ano que por lá passamos, altas temperaturas que causaram grades secas mataram boa parte do gado e dos animais residentes naquela região e também do deserto da Patagônia que começa depois dos pampas. Víamos bichos, das mais variadas espécies, estirados na beira da estrada que não conseguiram sobreviver à sede e ao calor escaldante.

A grande cidade de Neuquém é a porta de entrada para o Deserto da Patagônia, a terrível e temida “Região do Nada”.

CELSO E MARIANA NO MEIO DO NADA.

A foto até que é interessante, mas, a realidade por qual passamos não foi muito fácil no tocante ao conforto. Estávamos no meio do desconhecido, com distâncias apavorantes para todos os lados. Olhem a foto, atrás de nós os pampas terminam em alguns quilômetros, depois começa o Deserto da Patagônia. Olhando para a paisagem à frente, não há quem não sinta um pouco de medo ao adentrar num território inóspito, desconhecido, vazio e calorento ao extremo e exageradamente enorme. Não se sabe o que se vai encontrar pela frente em viagem de vários dias, tendo que dirigir de manhã à noite e rezar para que o carro funcione sempre de modo satisfatório.

Tivemos que reunir certa dose de coragem para enfrentá-lo, sabendo que se alguma coisa nefasta acontecesse no meio daquele “nada” estaríamos encrencados. Teríamos que resolver os problemas por nossos próprios meios e possibilidades sem ajuda de ninguém.

Sabíamos que estaríamos sozinhos por vários dias sem nenhum apoio logístico.

DESERTO PATAGÔNICO.

Repusemos esta foto afim de ilustrar o texto abaixo.

Enfrentamos 54°C de calor nos desertos patagônicos e o carro também sofreu com o calor, o computador do carro, de quando em quando, desligava o motor afim de protegê-lo.

Durante os 10 minutos de espera para que o motor esfriasse, o calor ambiente era quase insuportável, pois nem mesmo o ar condicionado do carro funcionava.

A visão livre e limpa de 50 a 100 quilômetros adiante até o horizonte que se confundia com o céu nos causava um pouco de receio, quase um tipo de medo, rodando nas retas de 50 a 300 km.

Os olhos ficaram tão vermelhos como se as veias do globo ocular tivessem estouradas. Parecíamos dois lobisomens vagando num deserto sem fim.

Mas, como temos espírito aventureiro em potencial, logo as preocupações foram se tornando puro prazer e sensação de vitória a cada cem quilômetros vencidos.

Apreciávamos tudo ao redor: as aves de rapina que, não sabemos por qual motivo, se aventuravam naquele calorão; ficávamos tristes vendo bichos mortos,  e alegres vendo vicunhas, um parente das lhamas dos Andes, correndo e levantado poeira – Puxa, que bicho resistente e corajoso!

MIRAGEM.

 Essa paisagem à nossa frente não existe, é apenas uma ilusão de ótica causada pela refração da luz no solo quente,

mas que parece realidade, parece!

 As imagens ilusórias (miragens) de um oceano à nossa frente que não existia nos causavam espanto e admiração pela maravilhosa “peça” que a natureza nos pregava naqueles momentos; O céu azul sem nenhuma nuvem durante dias seguidos e o calor abrasador eram uma constante. A visão livre e limpa de 50 a 100 quilômetros adiante até o horizonte que se confundia com o céu nos causava um pouco de receio, quase um tipo de medo.

Rodávamos entre 150/200 km/h e nunca chegávamos a lugar nenhum!

Em uma aventura num deserto acontece de tudo!

Na próxima edição sobre este assunto, daremos continuidade ao “passeio” pelo deserto até chegarmos no fim do mundo onde a América acaba em Ushuaia (pronuncia-se Ussuaia).

AGUARDE!

Pedimos que você compartilhe nossas publicações com o maior número de pessoas possível!

Obrigado! Um abraço de Celso e o outro de Mariana!

BASTA GIRAR A MANIVELA PARA RODAR O BRINQUEDO R$ 200.00